Um homem catava pregos no chão.
Sempre os encontrava deitados de comprido,
ou de lado, ou de joelhos no chão.
Nunca de ponta.
Assim eles não furam mais – o homem pensava.
Eles não exercem mais a função de pregar.
São patrimônios inúteis da humanidade.
Ganharam o privilégio do abandono.
O homem passava o dia inteiro nessa função de catar pregos enferrujados.
Acho que essa tarefa lhe dava algum estado.
Estado de pessoas que se enfeitam a trapos.
Catar coisas inúteis garante a soberania do Ser.
Garante a soberania de Ser mais do que Ter.
Parabens pelo blog, eu gosteeei!
ResponderExcluire obrigada pelo colo viu? precisando grito.. hehe
boa semana e beijos =]
volte sempre!
Resolvi dar uma repaginada em tudo...inclusive no blog!
ResponderExcluirGrite sim, viu?!!!
Beijo.
Belíssimo trecho!
ResponderExcluirbeijo, bonita!