O Livro sobre o Nada
(Manoel de Barros)
(Em itálico - grifo meu)
- Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
- Tudo que não invento é falso.
- Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
- Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
- É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
- Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
- Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
- A inércia é o meu ato principal.
- Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
- O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
- A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
- Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
- Por pudor sou impuro.
- Não preciso do fim para chegar.
- De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.
- Do lugar onde estou já fui embora.
terça-feira, 30 de junho de 2009
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Não haveria seleção melhor, hein!
ResponderExcluirParabéns!
Destaco o "Do lugar onde estou já fui embora."
Amo-te!
muito bom, uma melhor que a outra:
ResponderExcluirSempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
Genial, rs
bons dias