domingo, 28 de março de 2010

3.4 - de Manoel de Barros

O azul me descortina para o dia. Durmo na beira da cor*. Vejo um ovo de anu atrás do outono. ................................... (Eu tenho amanhecimentos precoces?) ................................... Cresce destroço em minhas aparências. Nesse destroço finco uma açucena. (É um cágado que empurra estas distâncias?) A chuva se engalana em arco-íris. Não sei mais calcular a cor das horas. As coisas me ampliaram para menos. *Para o meu marido.

Um comentário:

  1. Bonito texto, gostei muito, parabéns...
    Aproveito para desejar uma santa e feliz Páscoa (desculpe se não é cristã, mas tenho comigo a alegria da ressurreição do Senhor e preciso de a espalhar pelas almas boas)...
    Um abraço

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Comentários: