quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sabe quando você tem certeza que cresceu e tudo se tornou pequeno pra você?  Aquele trabalho que antes era até "levável" hoje, simplesmente, já não te desse mais na goela?
Aquele colega que você dizia "tadinho" de repente, aos seus olhos, se transforma em "culpado pelo que é", a vizinhança que passava despercebida já te incomoda bem mais que aquela dor de dente, você já não cabe mais na sua casa...quer uma bem maior também.
Descobri, dia desses, num sufoco natural do capitalismo, que meu mundo [não, não caiu] mas diminuiu. Eu aumentei de tamanho, e olha que não falo de gordurinhas extras, falo de aumento ou redescoberta do meu EU.
O que eu havia esquecido dentro de mim se revirou de tal maneira que está insuportável aguentá-lo - preciso vomitá-lo - é isso. E não é pejorativamente não, vomitando ele terá cor, forma, peso. Não será brisa, posto que não é tão leve; muito menos vento, visto que é mais forte; acredito ser um furacão em meio ao arco-íris, ou seja, é belo. E, como amo tempestades, talvez doa o barulho do relâmpago nos ouvidos, mas a beleza dos trovões definitivamente apagará qualquer surdez.
Me redescobri e, portanto, recordei o que sempre quis: aparecer. 
Quero ser reconhecida profissionalmente, quero que digam "é ela". Vou ao encontro do meu caminho esquecido e agora latejante, nem que para isso seja necessário jogar tudo para o alto (profissionalmente falando-escrevendo).
Mais do que estar eu SOU.
(Amanda Saraiva)

2 comentários:

  1. É isso aí, parente!

    Trovão bonito e relãmpago que faz barulho é o máximo!

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  2. Eu estava lá quando essa descoberta lhe fez brilhar os olhos!

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Comentários: