O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos
E foi morrer na gare de Astapovo!
Com certeza sentou-se a um velho banco,
Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso
Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo,
Contra uma parede nua... Sentou-se... e sorriu amargamente
Pensando que
Em toda a sua vida
Apenas restava de seu a Glória,
Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas
Coloridas
Nas mãos esclerosadas de um caduco!
E então a Morte,
Ao vê-lo sozinho àquela hora
Na estação deserta,
Julgou que ele estivesse ali à sua espera,
Quando apenas sentara para descansar um pouco!
A Morte chegou na sua antiga locomotiva
(Ela sempre chega pontualmente na hora incerta...)
Mas talvez não pensou em nada disso, o grande Velho,
E quem sabe se até não morreu feliz: ele fugiu...
Ele fugiu de casa...
Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade...
Não são todos os que realizam os velhos sonhos da infância!
- Gente, tinha que postar esse texto, é lindo! Ao menos pra mim foi de grande valia, fiquei encantada...deve ser porque ainda me resta uma esperança de realizar alguns dos meus sonhos de criança!!! Bjus e bom carnaval, excelente descanso e CAMISINHA, sempre!rsrsrs
Realmente Amanda, bela postagem. Não importa a idade, ou o tempo que se pode levar, mas sempre devemos manter a esperança de que alguns sonhos da nossa infância possam se realizar.
ResponderExcluirBjs e bom carnaval pra ti tb!
Lindo texto amiga!
ResponderExcluirOs meus sonhos de infância estão guardados, à espera da "pontualidade na hora incerta" não da morte, mas da vida!
Beijos, metade!!