[...] — Você não sabe o que me aconteceu! — O quê? — Uma coisa incrível. — O quê? — Contando ninguém acredita. — Conta! — Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada? — Não. — Olhe. E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança. — O que aconteceu? E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo. — Que coisa - diria a mulher, calmamente. — Não é difícil de acreditar? — Não. É perfeitamente possível. — Pois é. Eu... — SEU CRETINO! — Meu bem... — Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria. — Mas, meu bem... — Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha! E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente: — Que fim levou a sua aliança? E ele disse: — Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei. Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam. — O mais importante é que você não mentiu pra mim. E foi tratar do jantar. "A Aliança", de Luis Fernando Veríssimo. Texto extraído do livro "As mentiras que os homens contam", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2000, pág. 37.
Muito bomm...srsrsrsrs
ResponderExcluirPobre de nós....
Aconteceu com um amigo meu, rssssssssss.
ResponderExcluirEle saiu do trabalho e foi com amigos tomar uma cervejinha, sem maldade.
Do nada rola um clima com a arquiteta. Eles já trabalhavam juntos tinha tempo, mas naquele dia....o clima esquentou.
E a noite foi pequena pra tanto desejo.
No dia seguinte, ele, voltando pra casa não sabia o que falar.
Foi quando percebeu que só sendo vítima da vida, poderia escapar daquela enrascada.
Arrancou um pé do sapato e o jogou por cima de um terreno abandonado. Com um forte golpe abriu a camisa, aonde perdeu alguns botões.
Esfregou-se com força em um muro com chapisco grosso, provocando sangramento pelo rosto e peito.
Então correu, correu muito até em casa.
Chegou ofegante e explicou de fugiu de um seqüestro.
A esposa, delegada de polícia, imediatamente ligou para a delegacia e colocou toda equipe a procura dos “bandidos”.
Ele, a vítima, foi notícia dos jornais e tele jornais da cidade.
Este foi um amor Pop Star.
Cuidar do jantar?
ResponderExcluirAh, eu iria comer ele... Na Porrada!!
Que horror, e que mulher idiota!
[tá, tá, eu sei.... fui passional demais... deve ser a falta de namorado...]
Não imaginei que esse post teria tantas "revelações",Rainho!!!!!!!!!
ResponderExcluirrsrrs
hahahahahahahahahahahahaha
ResponderExcluirMuito bom!