quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Uma perda, de Arthur da Távola
A Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma perda.
Tinha uma perda no meio do caminho.
Tinha uma perda.
No meio do caminho tinha uma perda.
Primeiro a irmã depois o pai.
Não sabia que no meio do caminho
tinha a perda do paraíso que me fez bravo.
Fui só, fui eu, fui vida a partir da perda
que me estava destinada
no meio do carinho de minha mãe solitária.
Fui perda de mim mesmo
procurado por toda a vida
até que achado no poema do meu hoje encanecido.
Tudo porque no meio do caminho tinha uma perda.
Tinha uma perda no meio do carinho.
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Sinto falta do mendigo que andava por minha rua. Foi "embora" para nunca mais voltar!!!
ResponderExcluirG.N.
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