[...] simboliza a perfeição, a unidade perfeita sem começo ou fim. Para alguns ela representa santidade, perfeição e paz, assim como o Sol, a Terra e o Universo. Acredita-se que os Faraós do Egito foram os primeiros a usar um círculo, sem começo ou fim, como um símbolo da eternidade.
Para outros ela não significa nada...nem ao menos um símbolo importante para alguém.
"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." [José Saramago]
ResponderExcluirNão é que não signifique nada. Não é que não seja um símbolo importante para alguém. Não é isso. Seria pouco se o fosse. Pouco demais pra você. Pouco demais pra vocês. Vai muito, muito além. Olhe com mais carinho à sua volta. Não é fácil, e eu bem sei, mas perceba a delicadeza do que você tem às mãos. É como uma orquídea lilás: a beleza suplanta a ausência de perfume. E este torna-se completa e absolutamente obsoleto, chegando ao ponto de nem notar-se sua ausência.
Queira ter o que você tem às mãos. Deseje o que tens.
Há coisas que representam coisas. Sentimentos não cabem em coisas. Nem que seja só para serem representados. Repara bem. O que você tem não cabe numa coisa tão pequena. E não me refiro ao objeto de ouro...
O que você tem é entrega. Se dê, em troca.
“Continuavam de mãos dadas, eram novos, talvez fossem namorados, tinham ido ao cinema e ali cegaram, ou um acaso milagroso os juntou aqui, e, sendo assim, como foi que se reconheceram? Ora essa, pelas vozes! Claro está, não é só a voz do sangue que não precisa de olhos, o amor, que dizem ser cego, também tem a sua palavra a dizer. O mais provável, porém, é que os tivessem apanhado ao mesmo tempo, nesse caso aquelas mãos entrelaçadas não são de agora, estão assim desde o princípio.” [José Saramago – In: Ensaio sobre a cegueira.]
A Susanna é, sem sombra de dúvida, uma referência - mais do que filosófica - intelectual!
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