quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Tabacaria [...] Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. Álvaro de Campos, 15-1-1928

2 comentários:

  1. Difícil não superlativar com um bom impropério!

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  2. irmã ...
    irmã...
    quem eh o ser do meu blog???

    rsrss

    bejoo

    teh manhã;;

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Comentários: