quinta-feira, 23 de abril de 2009

Eterna felicidade, de Wellington Rainho.

O tempo passa,
foge, voa, engana,
e a gente se perde
na percepção da vida.
Dou peso às palavras
aos sentidos,
aos sentimentos.
Certa vez,
sentindo o coração
bater na boca,
com o corpo suado,
os olhos enfeitiçados,
o desejo latente,
o infinito presente,
confessei que te amava.
A vida nos afastou,
bateu, maltratou.
Pela incompreensão,
pela intransigência,
pela arritmia,
do falar, ouvir,
permitir.
Trinta anos se passaram,
e só hoje percebo,
que o fogo que restou
de nosso relacionamento
ainda existe,
mas infelizmente,
ele só "queima",
não "aquece" mais.
Chorei,
revivendo as corridas pela grama,
os copos de leite bebidos na madrugada,
os banhos de chuva,
as caminhadas de mãos dadas,
a certeza da eterna intimidade,
do "eterno" amor.
Hoje quase não nos falamos,
mas faço questão de te dizer,
o quanto tudo foi presente
e verdadeiro durante estes anos.
Mesmo separados.
Te tiro de meu coração,
não como quem retira um peso,
mas como quem abre um lugar
que me permitirá viver, sobreviver.
Tentar falar de novo
"eu te amo".
Um beijo e obrigado por tudo,
que vivi com voce,
que apreendi com você.
Eterna felicidade.
(http://wellingtonrainho.blogspot.com/)

2 comentários:

  1. Hoje seu blog faz aniversário.
    Parabéns.
    Daqui a pouco será a festa será para o herdeiro.
    O Blog de São Jorge rsss.

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Comentários: