A mulher não consegue
dormir. Tem medo.
Receia encontrar antigos
amores através do espelho
dos sonhos:pesadelo.
Quando adormece está de
novo em um lugar distante,
do outro lado da baía de
águas turvas da cor dos
mortos. A cor do Ganges.
Viveu lá muito tempo
e de lá viu de perto a traição.
saiu de lá, também faz tempo,
mesmo voltando sempre,
pelo cansaço,
sem distinguir o que é sensação
e o que é realidade.
[...]
Ela é mulher,
poeta que volta no tempo enquanto dorme,
revendo o amor que acreditou na
dissolução.
[...]
Vai até o espelho e se olha do avesso.
Volta para a cama, espirra
e traduz o certo do lado errado que viu.
Nunca parei pra pensar neste poema...Incrível como hoje ele fez sentido!!! Leituras e leituras...
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