sexta-feira, 18 de abril de 2008

A mulher vai até o espelho, de Fernanda Young

A mulher não consegue dormir. Tem medo. Receia encontrar antigos amores através do espelho dos sonhos:pesadelo. Quando adormece está de novo em um lugar distante, do outro lado da baía de águas turvas da cor dos mortos. A cor do Ganges. Viveu lá muito tempo e de lá viu de perto a traição. saiu de lá, também faz tempo, mesmo voltando sempre, pelo cansaço, sem distinguir o que é sensação e o que é realidade. [...] Ela é mulher, poeta que volta no tempo enquanto dorme, revendo o amor que acreditou na dissolução. [...] Vai até o espelho e se olha do avesso. Volta para a cama, espirra e traduz o certo do lado errado que viu. Nunca parei pra pensar neste poema...Incrível como hoje ele fez sentido!!! Leituras e leituras...

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