terça-feira, 5 de maio de 2009

"Repostando" em homenagem a Susanna "Prado"!

Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos - dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade da alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Adélia Prado)
♠ Amo esse poema como se ele fosse parte de mim...

2 comentários:

  1. Aiiiiii amiga!

    Que homenagem linda!!!

    O texto é, sem sombra de dúvida, uma maravilha!

    E, ó, eu amo você como se fosse (já sendo mesmo) parte de mim!

    Beijos e muito obrigada por ser você, e ser minha amiga!

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  2. Viu como a minha versão é mais hardcore?

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Comentários: